Água Clara/MS . 25 de Abril de 2024

notícias : Política

29/08/2016 as 11h02 / Por (Midiamax)

Dilma lembra ditadura, fala em golpe e pede voto "pela democracia"

Imprimir
- Ocultar Galeria

Dourou cerca de 45 minutos o discurso de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no plenário de Senado, durante a sessão que vai definir seu pedido de impeachment. A petista negou que tenha cometido crimes de responsabilidade fiscal e falou em injustiça.

Tendo o ex-presidente Lula no plenário, assim como ex-ministros de seu governo, Dilma iniciou sua fala lembrando de seu passado. Falou sobre o tempo em que esteve presa, durante a ditadura, afirmou que sofreu torturas e declarou que ‘não cedeu’, mas ‘resistiu à tempestade’.

“Lutei por um Brasil soberano, mais igual e onde houvesse justiça”, declarou a presidente, que afirmou que aos ‘quase 70 anos’, sendo mãe e avó, não abdicaria de princípios que nortearam sua vida.

“Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes”, disse Dilma, que ao falar de ‘golpe’ afirmou que no passado o fizeram com ‘armas’ e agora com argumentos jurídicos.  “Não cometi nenhum crime. Sou acusado injusta e arbitrariamente”, declarou.

A presidente também lembrou das tentativas de golpe contra os ex-presidentes da República Juscelino Kubistcheck e João Goulart. Chamou de ‘meros pretextos, embasados por retóricas jurídicas’ os motivos que embasam o pedido de impeachment.

Dilma criticou, em seu discurso, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que por uma ‘chantagem política’ abriu o processo de impeachment no Congresso Nacional.

A petista criticou também, sem citar nome, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato que derrotou nas urnas em 2014, afirmando que ele, e seu partido, bem como o grupo de ‘golpistas’ querem dar fim às conquistas dos governos de presidentes eleitos pelo Partido dos Trabalhadores, e citou, dentre outros, a transposição do Rio São Francisco e a extração do pré-sal.

Também sem citar nomes, Dilma afirmou que querem sua saída setores da políticas preocupados com a ‘sangria’ provocada por operações e ações da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federa), a quem ela afirma ter dado ‘autonomia’ e proibido ‘interferência’.

A presidente afastada explicou as chamadas ‘pedaladas fiscais’, e voltou a frisar que não cometeu crime de responsabilidade, uma vez que os decretos de abertura de créditos suplementares seguiram a legislação em vigor.

Antes de encerrar seu discurso e iniciar a fase de perguntas e respostas com os senadores, a primeira mulher eleita presidente da República afirmou ter sentido ‘mágoa’ durante o processo de impeachment, e fez um apelo aos parlamentares para ‘não aceitarem o golpe’, para fazerem justiça e votarem ‘pela democracia’.

COMENTÁRIOS
VEJA TAMBÉM
Confirmados!!! Alckimin e Tebet estarão em Três Lagoas nessa sexta-feira
Estudante de medicina fica em estado vegetativo após cirurgia para corrigir a mandíbula e o maxilar
Mulher tenta roubar arma de policial e depois morde a perna dele para tentar escapar da prisão em MS
Ex-marido atira em mulher e filha de 15 anos entra na frente para defender mãe em MS
Copyright 2012 . Portal gua Clara