Água Clara/MS . 28 de Março de 2024
18/09/2020 as 09h55 / Por (Campo Grande News)
Números mostram ainda que no Brasil 10,3 milhões vivem em situação grave, enquanto outras 18,6 milhões estão na faixa moderada
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que mais de um terço dos lares em Mato Grosso do Sul se enquadram na faixa considerada de insegurança alimentar. Grupo de quase 5% dos lares pesquisados vivenciam a insegurança alimentar grave, a fome, na lingual que todos entendem..
No Estado, de 899 mil lares avaliados, 333 mil, ou seja, 37%, são afetados em algum grau pela alimentação insuficiente. São três graus: leve, moderada e grave.
Grande parte deles está na faixa tida como leve, onde a gravidade da insegurança alimentar é menor. São 232 mil domicílios particulares no Estado, o que representa 25% de todas as residências locais. Já na faixa moderada, são 60 mil lares (6,6%), contra 41 mil da faixa considerada grave - que são 4,5% de todos os lares.
Os números constam no POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) relativos aos anos de 2017 e 2018, que mostram para todo o Brasil números semelhantes aos apresentados em Mato Grosso do Sul. São 25,3 milhões de domicílios com algum grau de insegurança alimentar.
A quantidade de lares representa 36,7% dos 68,9 milhões de domicílios particulares analisados pelo IBGE no país. O grau leve de insegurança alimentar foi verificado em 24% das casas (16,4 milhões), enquanto o grau moderado foi visto em 8,1% (5,6 milhões). Os casos enquadrados como mais graves são 4,6% - 3,1 milhões de lares.
Já se considerada a população total e não os lares, a insegurança familiar faz parte do dia a dia de 84,9 milhões de brasileiros (40,9%). São 56 milhões com insegurança eleve (27%), 18,6 com insegurança moderada e 10,3 milhões com insegurança grave - os dois últimos são, respectivamente, 8,9% e 4,9% da população.
Nas regiões Norte e Nordeste, mais da metade dos domicílios não possuem condição de acesso pleno e regular aos alimentos, com respectivamente (57,0%) e Nordeste (50,3%). Já no Sul e Sudeste, os números melhoram consideravelmente, caindo para 20,7% e 31,2%. No Centro-Oeste, a taxa é de insegurança alimentar é de 35,2%.
Carvão e lenha - O uso de lenha ou carvão na preparação dos alimentos foi mais frequente nos domicílios com insegurança alimentar moderada (30% deles) e grave (33,4%), enquanto a energia elétrica foi tida como a mais frequente em 60,9% dos domicílios com segurança alimentar e menos frequente nos lares com insegurança grave (33,5%).
Verifica-se também que entre domicílios com melhor resultados quanto à segurança alimentar estão lares acima da média do país para abastecimento de água, esgotamento sanitário e destino do lixo, ocorrendo o contrário com as casas onde se vê os piores resultados.
Por fim, o IBGE constata que os homens predominam como pessoa de referência financeira nas casas com melhores condições de segurança alimentar, somando 61,4%. Já nas casas onde a insegurança alimentar é a situação vigentes, as mulheres são a referência (51,9%).
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