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20/01/2017 as 10h12 / Por (G1 MS)

Moradores passeiam de barco em rua de Campo Grande que virou 'rio'

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Na região oeste de Campo Grande, mais precisamente no bairro Nova Campo Grande, grupo de moradores utilizou um barco para circular pela ruas que se transformaram em verdadeiros rios após uma pancada de chuva de 69 milímetros na tarde desta quinta-feira (19) alagar todas as vias. Clique aqui e veja o vídeo!

O passeio utilizando um meio de transporte inusitado chamou a atenção e foi filmado por outros moradores da comunidade, que mandaram as imagens pelo aplicativo "Bem na Hora" para a TV Morena.

No bairro, o lençol freático é muito superficial. Ainda sem contar com a rede coletora de esgoto, os moradores utilizam fossas para receber o esgoto doméstico. Mas quando chove, as fossas transbordam. A água da chuva se mistura então aos rejeitos, formando uma enxurrada tóxica.

A situação dramática dos moradores do bairro quando chove forte foi retratada em matéria do G1 em 2016. A reportagem mostrou o desalento da comunidade ao ver as ruas do bairro de pouco mais de 10 mil moradores se transformarem em verdadeiros “rios de esgoto” correndo a céu aberto, espalhando doenças e contaminação.

Segundo o meteorologista Natálio Abraão, com o grande volume de chuvas registrado na cidade nos últimos dias a situação do Nova Campo Grande e outros bairros da cidade se agrava, porque o solo altamente encharcado não consegue absorver rapidamente toda a água das precipitações, favorecendo ainda mais os alagamentos.

 Após a tempestade, a população de Campo Grande foi contemplada com um lindo arco-íris. O fenômeno meteorológico em formato de um arco, com as sete cores do espectro solar, aparece, de acordo com ele, quando raios solares refletem nas gotículas de água da chuva que ficam espalhadas pela atmosfera.

O meteorologista comenta que na capital sul-mato-grossense estão ocorrendo muitas pancadas de chuva em pontos isolados da cidade e explicou que isso decorre das variações de temperatura e umidade. Desse modo, enquanto em alguns bairros são registradas verdadeiras tempestades, em outros o volume da precipitação é pequeno ou nem mesmo chove.

Ele prevê que o panorama de chuva forte em áreas específicas da cidade vai permanecer durante todo o fim de semana, sendo que as regiões leste e sul da cidade estão entre as mais suscetíveis a ocorrência de tempestades. “A tendência de melhoria é somente na segunda-feira, quando vamos ter predominância de sol com poucas chuvas e chance pequena de chuva”, explicou.

Distribuição irregular de chuva no estado
De acordo com o meteorologista, em alguns municípios do estado o volume de chuva registrado neste início de ano está ultrapassando as previsões feitas para o período, mas em outros está abaixo da média, mostrando a distribuição irregular das precipitações.

Ele explica que as pancadas de chuva registradas no estado nestes primeiros dias de 2017 é decorrente da presença da umidade vinda da região amazônica e das altas temperaturas. Entre os municípios com volume acima do previsto para janeiro estão: Bela Vista (109,6 milímetros), Cassilândia (281,6 milímetros), Corumbá (212,6 milímetros), Três Lagoas (186 milímetros) e Ponta Porã (153 milímetros).

“Uma das regiões mais afetadas é o norte do estado. As pancadas de chuva têm sido frequentes, principalmente à noite, provocando diversos estragos e alagamentos. Elas devem continuar”, prevê o meteorologista.

Em contrapartida, ele explica que a distribuição irregular das chuvas está causando preocupação principalmente nas regiões produtoras de grãos, onde o volume, em algumas cidades está bem abaixo do projetado. Entre esses municípios estão: Amambai (57,8 milímetros), Aquidauana (51 milímetros), Dourados (56,7 milímetros), Jardim (44,6 milímetros) e Miranda (34,2 milímetros).

“Nestas cidades, o volume está de 10% a 15% abaixo do previsto”, ressaltou  Abraão, completando que para os próximos dias a tendência é de um aumento das precipitações nestes municípios, com a aproximação das médias históricas para estas regiões.

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